O Dia da Mulher é a celebração das conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo dos anos, sendo adotado pela Organização das Nações Unidas e, consequentemente, por diversos países.
A luta das mulheres por melhores condições de vida e trabalho começou a partir do final do século XIX, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de 15 horas diárias e a discriminação de gênero eram alguns dos pontos que eram debatidos pelas manifestantes da época. O primeiro Dia da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos em maio de 1908 (Dia Nacional da Mulher), onde mais de 1.500 mulheres se uniram em prol da igualdade política e econômica no país.No entanto, o 8 de março teve origem com as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho, durante a Primeira Guerra Mundial (1917). A manifestação que contou com mais de 90 mil russas ficou conhecida como “Pão e Paz”, sendo este o marco oficial para a escolha do Dia Internacional da Mulher, porém somente em 1921 que esta data foi oficializada.
Após a Guerra e a Segunda Revolução Industrial, as indústrias incorporaram as mulheres para mão-de-obra, e devido às condições insalubres de trabalho, os protestos eram frequentes.
Por muito tempo, a data foi esquecida e acabou sendo recuperada somente com o movimento feminista nos anos 60. A Organização das Nações Unidas, por exemplo, somente reconheceu o Dia Internacional da Mulher em 1977. Atualmente, além do caráter festivo e comemorativo, o Dia Internacional da Mulher ainda continua servindo como conscientização para evitar as desigualdades de gênero em todas as sociedades.
Por que ainda precisamos refletir sobre esse dia?
– Diferença salarial
Mulheres ganham 25,6% menos que homens comparando mesma formação e anos de estudo. Na média, as mulheres recebem apenas 83,9 unidades monetárias por 100 unidades monetárias recebidas pelos homens, de acordo com a CEPAL/2016.
– 52% das mulheres economicamente ativas já sofreram assédio sexual no trabalho OIT/2013
– Taxa de feminicídios no Brasil é 5ª maior do mundo (ONU/2016)
– 85% das mulheres brasileiras têm medo de sofrer violência sexual (Fórum Brasileiro de Segurança Pública/Datafolha, 2016 – ver na íntegra)
– 42% dos homens entrevistados concordam que “as mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”. Entre mulheres, esse índice é de 32%.
– 3 a cada 5 mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos (AVON/2014 – ver na íntegra)
– 51% já sofreram ameaças, foram seguidas pelo ex, ou este ficou enviando mensagens ou ainda espalhando boatos sobre a mulher
– 37% das jovens também afirmaram ter tido relação sexual sem preservativo por insistência do parceiro
– 33% das jovens já foram xingadas ou impedidas de usar determinadas roupas
– 53% das jovens já tiveram mensagens ou ligações no celular vasculhadas
– 51% declaram compartilhar a senha do celular, 46% fazem o mesmo com a chave de acesso às contas de Facebook.